quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Histórias de pessoas que superarão as barreiras da vida .

Atriz cadeirante

Foto: Rapha Bathe

A atriz e consultora Tabata Contri 

Para construir Luciana, Alinne conviveu com cadeirantes e observou seu cotidiano – desde as tarefas triviais até o lado emocional. “Em minha pesquisa, conheci muitas pessoas que passaram por situações parecidas: atrizes, jornalistas, jogadoras, bailarinos. Pode acontecer com qualquer um, essa é a realidade”, diz ela.

Colega de profissão, a também atriz Tabata Contri, de 28 anos, viajava com amigos para passar o Ano Novo numa cidade do litoral Norte de São Paulo. Ela estava no banco de trás, sem cinto de segurança, quando o veículo caiu de uma ribanceira.

Tabata passou por cirurgia e ficou 4 meses internada. Transferida para um hospital universitário na capital paulista, conta que só soube que sua lesão era irreversível quando um médico-professor explicava o caso dela a um grupo de alunos. “Foi horrível saber daquele jeito. Chorei o dia todo”, relembra.

Sem sensibilidade da cintura para baixo, foi fazer um tratamento em Brasília. “A gente volta a ser bebê”, descreve Tabata. “Passa a usar fralda, tem que reeducar a bexiga, o intestino”, exemplifica. “Depois vira criança: aprende a tomar banho sozinha, trocar de roupa; e vem a fase da adolescência, quando a gente faz tudo só, vai para a balada, passeia, viaja, namora”, continua. Na fase adulta, “a gente vai trabalhar para pagar as contas”, arremata.

Além de atriz, ela é consultora de inclusão – dá palestras e orientações a empresas que precisam se adaptar às necessidades de cadeirantes. Quando sai para se divertir e percebe que o lugar não é adaptado, não deixa de frequentá-lo. “Se a gente deixa de ir, deixa de motivar as pessoas a fazerem o acesso”, diz.

Foto: Daigo Oliva/G1

Greyce Follmann formou-se farmacêutica após acidente

Nem heroínas nem coitadinhas. Mulheres que passam, na vida real, pela experiência que a personagem da atriz Alinne Moraes retratará na próxima novela das oito, “Viver a vida”, têm rotinas normais e não esperam reconhecimento especial por isso.
“As pessoas me dão parabéns porque acham espantoso ver uma pessoa tetraplégica numa cadeira de rodas saindo de casa”, diz a farmacêutica Greyce Follmann, de 26 anos, cadeirante desde os 19.
Ela estava sem cinto de segurança no banco de trás de um carro, no interior do Paraná, quando sofreu um acidente. Ficou sem movimentos nos membros inferiores e com mobilidade parcial nos braços, mas nenhuma nas mãos.

Após passar cinco meses deitada em casa, sem querer ver as pessoas e com vergonha de sair, Greyce começou um tratamento para se adaptar às novas condições. Voltou a estudar em São Paulo, onde encontrou uma instituição com acesso adequado.

“Comecei a conviver com outros cadeirantes e vi que não era esse bicho todo”, conta ela, que hoje mantém um dia-a-dia comum a outros jovens da sua idade: o trabalho diário; a diversão no cinema e nas festas com amigos no fim semana. Para marcar a entrevista, pediu à repórter que não telefonasse muito cedo porque iria para a balada na noite anterior. Vaidosa, colocou próteses de silicone nos seios e tirou do guarda-roupa as blusas de alça.


Casal com deficiência celebra 2 anos de filha. Casal venceu preconceitos e batalhas judiciais e hoje casados, com a ajuda dos pais, criam a filha Valentina.
Uma história de superação, coragem e felicidade. Assim pode ser resumida a trajetória do casal Maria Gabriela Andrade Demate e Fábio Marchetti de Moraes, de Socorro, que venceram preconceitos e batalhas judiciais e hoje casados, com a ajuda dos pais, criam a filha Valentina, de 2 anos. Gabriela têm síndrome de Down e Fábio um pequeno atraso mental, decorrente de um problema na hora do parto. O casal ficou conhecido no Brasil inteiro há pouco mais de dois anos, quando Gabriela descobriu que estava grávida. A filha do casal, Valentina, nasceu em 19 de março de 2008, sem nenhuma deficiência. E seu primeiro aniversário teve um gostinho especial. Foi o dia escolhido pelos pais para oficializarem seu casamento. Com um ano de casados, ambos estão tranquilos e felizes com a decisão de viverem juntos. “Estou feliz com o casamento e com minha filha, que é linda”, afirma Gabriela. “Os dois são muito apaixonados. Ela é ciumenta que só”, diz a mãe de Gabriela, Laurinda Ferreira de Andrade. O casal mora com os pais de Fábio e Valentina com a avó materna, que não esconde o orgulho pela sua “bonequinha”. A menina fica com a avó durante a semana e passa os fins de semana com os pais. “Também vou buscá-la na escolinha e fico um pouco com ela à tarde”, conta Gabriela, que na sexta-feira foi homenageada com uma música cantada pela menina na festa de Dia das Mães da escola. Laurinda diz que o casamento foi muito benéfico para os dois jovens. “Eles já moravam juntos, mas foi importante oficializar a união. Ambos ficaram mais calmos e seguros”, avalia. Tanto que, estimulado por Gabriela, Fábio, que tinha abandonado a escola, voltou a estudar, e vai com ela para as aulas. Gabriela conta que termina a oitava série este ano. “Vou me formar este ano. Vai ter festa de formatura, vou dançar valsa e tudo”, diz animada. O casamento era um sonho antigo de Gabriela. Ela e Fábio se conheceram na infância, quando trocaram presentes na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde ambos estudavam. “Desde o início, o Fábio se apaixonou pela Gabriela. Mas, depois, ele saiu da escola e eles se afastaram”, explica Laurinda. O namoro foi retomado em 2005, quando se reencontraram. Segundo Laurinda, a gravidez de Gabriela foi uma surpresa. “Tinha dúvidas se ela poderia engravidar e mesmo os médicos nunca me deram uma posição definitiva. Como a pílula não fazia bem, ela parou de tomar e neste período engravidou”, informa Laurinda. A gravidez foi descoberta só no sexto mês. “Ela estava um pouco acima do peso e dizia que estava menstruando, então nem imaginava. Soube quando a levei ao médico para colocar anticoncepcional intra-pele”, explica Laurinda, citando que foi a gravidez mais relâmpago que já viu. “Descobrimos que ela estava grávida no sexto mês e, dois meses depois, a Valentina nasceu.” Apesar da prematuridade e de ter nascido abaixo do peso, a menina é saudável, ativa e fala de tudo, afirma a avó orgulhosa. “Valentina é esperta, sapeca, começou a falar com menos de 1 ano. Até atende o telefone.” A gravidez de mulheres com síndrome de Down é rara. Apesar de elas terem os órgãos reprodutivos bem formados, a taxa de fertilidade é menor, e há risco de aborto natural. A estimativa é que no mundo todo, haja pouco mais de 50 mães com Down. Gabriela se diz bem feliz com a maternidade, mas não terá mais filhos. Depois do nascimento de Valentina, ela fez laqueadura. O assédio da imprensa durante a gravidez e no casamento cansou Fábio, que não quer mais saber de entrevistas, e prefere deixar essa questão a cargo da esposa. Mas, segundo sua irmã Luciana de Vasconcelos Moraes, ele ficou mais feliz e tranquilo depois da união. Família foi à Justiça para registrar filha Valentina nasceu na Maternidade de Campinas em 19 de março de 2008 e, logo após, teve início uma polêmica que só foi resolvida na Justiça três meses depois. No primeiro momento, a menina teve o registro de nascimento negado, sob a alegação de que Fábio Marchetti de Moraes não teria o discernimento necessário para se declarar pai da menina, como prevê a lei. A saída apontada foi registrá-la só no nome da mãe, como filha de pai não declarado, alternativa descartada pelas famílias. Chegou-se a cogitar a possibilidade de um exame de DNA, mas acabou não sendo necessário. Uma juíza concedeu a autorização para o registro depois de ouvir Fábio. No casamento dos pais, Valentina teve papel de destaque: no colo da avó Laurinda Ferreira de Andrade, levou as alianças para os noivos. Apesar de morar com a avó, ela distingue bem os laços familiares: Laurinda é a vovó, e Gabriela a mamãezinha.
Esse jovem britânico de 26 anos que sofre de uma síndrome rara que provoca o desfiguramento do rosto.

Jono Lancaster, possue a síndrome de Treacher Collins.
O seu problema é genético que afeta a forma com que os ossos da face se desenvolvem enquanto o bebê ainda está no útero.
Os olhos ficam caídos além de problemas de audição e usa um aparelho implantado em seu osso.

Passou por várias cirurgias e os médicos conseguiram amenizar um pouco a sua situação.

Após conseguir um emprego em uma academia, ele conheceu Laura de 20 anos.

Hoje moram juntos a 4 anos e estão completamente apaixonados. Como fruto desse relacionamento conseguiram adquirir a casa própria.

Mas uma coisa os intriga, seus filhos possuem 50% de chances de nascer com o mesmo problema do pai.

Mas ele é um homem feliz, e disse que hoje tem orgulho de tudo que já passou pois a síndrome o transformou no que ele é!

"Deus me fez assim

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